Poesia

A Poesia alcança as fadas, encanta a chuva na madrugada, acompanha os ébrios nos dormentes e se mistura à solidão nas calçadas.

19 de novembro de 2013

Folclore


Imagem Lú (Paint)

Eram duas portas
 na porta,
da casa da minha avó.
Parecia duas portas
 a porta dividida ao meio
mas era uma porta só.
A cor era de um azul escuro...
pintada com tinta a óleo
 brilhava feito sol,
Contraste na parede branquinha,
Chapisco feito pelo marido da vizinha
 o Seu Zé da Filó.
Eu passava pela porta de baixo
as vezes pulava por cima
pra depois balançar na cortina
da porta ,da casa de minha avó.
Não entendia o por quê
de duas portas
numa porta só.
 Disseram que era
pra ser  ou ter
mais  uma janela...
Mas, se haviam tantas janelas,
na casa de minha avó!
É que no dia 06 de Janeiro
na Folia de Reis
cada um morador queria
ter uma janela
para si só.
Pra ver passar a Folia
da festa de Reis
que explodia
 em frente às janelas
 da casa de minha avó.
E as prendas iam e vinham
  Era uma gentileza só.
As mulheres 
recebiam uma rosa branca
colhida da roseira
que ficava ao pé da porta
que mais era
janela e porta
da casa de minha avó.

Todos os anos a roseira
Se cobria  de flor
Para esperar a Folia de Reis
Em frente á casa
 de minha avó
que também era a casa
do meu avô.

 Lourdinha Vilela








9 comentários:

  1. Que poema delicioso, bem articulado. Adorei, Lourdinha.
    Beijos e ótima noite!

    ResponderExcluir
  2. Oi, Lourdinha, que beleza de um Brasil feliz...com portas janelas e rosas brancas .
    a doçura de uma tradição. Muito bem descrito e sentido.
    Um abraço

    ResponderExcluir
  3. Que beleza te ler. Já me vi numa sessas janela a ver a folia de Reis. Lindo e a imagem DEZ também! beijos,lindo dia!chica

    ResponderExcluir
  4. Lurdinha, que lembranças gostosas são as lembranças da infãncia!
    Bela escrita!
    Gd beijo

    ResponderExcluir
  5. Eu não tinha uma janela mas a folia não me esperou...
    bjs

    http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  6. Oiii Lourdinha, imagino como devia bacana a casa da sua avó, com muitas janelas assim, adoro estas construções antigas estilo casarão, que as janelas davam p a rua, melhor ainda p debruçar e ver a folia passar, bons tempos! Bjinhossss

    ResponderExcluir
  7. Oi Lourdinha que imagem de casinha mais fofinha e o poema é lindíssima!Bjs.

    ResponderExcluir
  8. Lindo o poema como linda era a casa da sua avó!
    Belos casarões que guardamos na memória e que nos acompanham por aí fora. Quanta ternura encontrei aqui!!! Parabéns amiga!
    Beijos. M. Emília

    ResponderExcluir
  9. Que beleza e ternura em seus versos.
    Doces lembranças!!!

    Beijos :)

    ResponderExcluir